segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A 1ª lei de Mendel.



Gregor Johann Mendel nasceu a 20 de Julho de 1822, na Silésia, sendo batizado em 22 de Julho de 1822, o que gera uma confusão em relação ao dia de seu nascimento. Segundo consta, era pobre, e aos 21 anos de idade entrou para um convento da Ordem de Santo Agostinho, de onde seus superiores o enviaram à Viena a fim de estudar história natural. Chegou à ser professor substituto nessa matéria, porém nunca conseguiu se tornar efetivo no cargo. Seu trabalho genial, colocou-o no nível dos maiores cientistas da humanidade. Sua obra Experiências com hibridização de plantas, que não abrange mais de 30 páginas impressas, é um modelo de método científico. O que descobriu, e vem sendo ensinado desde 1900, se tornou absolutamente imprescindível para a compreensão da Biologia moderna.

Primeiramente, os descendentes de um ancestral comum, são chamados de linhagem. Mendel observou que as diferentes linhagens, para os diferentes caracteres escolhidos, eram sempre puras. Ou seja, usando, como exemplo a coloração das sementes, uma determinada linhagem de sementes da cor amarela, quando cruzadas com outras plantas de semente amarelas, produziria, exclusivamente, descendentes de semente amarela. O mesmo caso ocorre com as ervilhas com sementes verdes. Porém, para que Mendel chegasse à essa conclusão, ele passou cerca de 2 anos fazendo com que as ervilhas se auto-fecundassem. Essas duas linhagens são, chamadas de linhagens puras.

Mendel, então, decidiu inovar, fazendo com que ervilhas de sementes amarelas cruzassem com ervilhas de sementes verdes. Todas as sementes obtidas em F1, foram amarelas, portanto iguais a um dos pais.
Uma vez que todas as sementes eram iguais, Mendel plantou-as e deixou que as plantas quando florescessem, auto-fecundassem-se, produzindo assim a geração F2.
As sementes obtidas nessa nova geração, foram verdes e amarelas, na proporção de 3 para 1, sempre 3 amarelas para 1 verde. Inclusive, isso se repetia sempre que Mendel analisava dois caracteres simultâneos.

Para explicar a ocorrência de somente sementes amarelas em F1 e os dois tipos em F2, Mendel começou admitindo a existência de fatores que passavam dos pais para os filhos por meio dos gametas. Cada fator seria responsável pelo aparecimento de um caráter.
Assim, existiria um fator que condiciona o caráter amarelo e que seria representado por, por exemplo, um "A" (maiúsculo), e um fator que condiciona o caráter verde e que pode-se representar por "a" (minúsculo). Quando a ervilha amarela pura (AA) é cruzada com uma ervilha verde pura (aa), o híbrido F1 recebe o fator A e o fator a, sendo portanto, portador de ambos os fatores. As ervilhas obtidas em F1 eram todas amarelas, isso quer dizer que, por ter o fator A (maiúsculo), esse se manifestou, sendo assim chamado, posteriormente, de "dominante". Mendel chamou de recessivo, os fatores que não se manifestavam, como a coloração verde.
Atualmente, geralmente é usada a letra do nome do caráter recessivo para representar ambos os caráteres, sendo maiúscula a letra do dominante e minúscula a do recessivo. Por exemplo, para o tamanho: a característica recessiva seria Baixo (b) e a característica dominante seria Alto (B). Toda essas descobertas são utilizadas ainda hoje, e à partir delas foi possível a descoberta de muitas coisas, como por exemplo, explicar doenças hereditárias. Ainda em vida, Mendel seguiu em seus estudos, e criou outra lei, que explicaria como mais de um caractér é expressado ao mesmo tempo. Essa teoria ficou conhecida como 2ª Lei de Mendel.