quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O Surgimento das Aves
















O Jurássico é um período da era Mesozóica, ele ocorreu entre aproximadamente 199,6 milhões e 145,5 milhões de anos atrás. O período Jurássico sucede o período Triássico e precede o período Cretáceo, ambos de sua era. Ele é dividido nas épocas Jurássica Inferior (chamado também de Lias), Jurássica Média (ou Dogger) e Jurássica Superior (ou Malm), que ocorreram nesta ordem. As aves surgiram nesse período.
Os fósseis de aves nunca foram muito estudados, e ainda hoje é discutido a questão de evolução desse grupo. A pouco tempo atrás as aves formavam uma classe (Aves, de acordo com a classificação de Lineau), essa classe pertencia ao filo Chordata, junto à Peixes, Anfíbios, Répteis e Mamíferos. Porém estudos recentes concluíram que as aves surgiram dos répteis e possuiam tantas características em comum, que decidiram juntá-los em um único clado, Sauropsida.
Embora os estudos confirmem essa nova teoria, ainda não se sabe a certo o que incentivou algum (s) réptil a evoluir e originar uma ave. O fóssil de ave mais antigo, data de há cerca de 150 milhões de ano, durante o período Jurássico. Este animal era do tamanho de um corvo e ficou conhecido por Archeopteryx lithographica [imagens acima]. Ele apresentava características combinadas de réptil (garras nas mãos, focinho com maxilares com dentes) e de ave (asas e penas, sendo este último, uma apomorfia exclusiva das aves). Não é claro se voava ou planava pois não possuía o esterno em forma de quilha, necessário à inserção dos músculos das asas.
Ao estudar-se a era Mesozóica completa (incluíndo além do Jurássico, também o Triássico e Cretáceo), fica fácil entender as teorias sobre a evolução dos repteis para as aves. Primeiramente, durante esse tempo, houveram alterações drásticas nos continentes por fragmentação e deriva. Essas mudanças resultaram em drásticas alterações em todo ambiente.
No Jurássico Inferior, por exemplo, ocorreu a grande transgressão Liásica. Durante este período o mar avançou para o interior do país cobrindo extensas áreas em que até então dominara o regime continental e lagunar. Formou-se um grande golfo, alargado para Norte. Todo esse fenômeno durou o Jurássico Inferior e teve seu ápice no Jurássico Médio. Nos últimos tempos do Caloviano (final do Jurássico Médio) houve um movimento de regressão que levou à emersão de grande parte do território ocupado pelos mares do Jurássico Inferior e Médio. No Jurássico Superior o mar avançou de novo sobre a orla litoral mas sem atingir os limites alcançados pela grande transgressão do Liásico.
Com o aumento do nível dos oceanos, terras baixas foram encobertas pelo mar, o que dividiu Pangéia [imagem acima] em dois continentes: Laurásia, ao norte, e Gondwana, ao sul. Essa divisão também permitiu que a humidade vinda do mar atingisse regiões que antes não atingia (por estarem no interior de Pangéia, como foi o caso dos litorais dos EUA e Europa, que eram unidos), o que tornou o clima mais húmido.
Devido a essa mudança de clima, muitas plantas e animais tiveram que se readaptarem. Além disso, antes existia apenas um gigantesco continente, a Pangea, que permitia a comunicação dos animais. Porém com a separação entre dois continentes, Gondwana e Laurásia, muitas espécies teriam que se modificarem para aceitar esses mudanças, por diversos fatores, como por exemplo, o fato de toda a população da qual a espécie se alimentava estava no outro continente. Com todas essas modificações, a teoria que mostra-se mais aceita até o momento, sobre o surgimento das aves, é a que diz que um grupo de répteis sofreu mutações até desenvolver estruturas capaz de permitir, ao menos que planasse no ar, pois era necessário seu acesso a outras regiões.
Durante o Cretácico as aves diversificaram-se e evoluíram, tornando o voo mais eficaz. Foi neste período que surgiram os antepassados das aves atuais, tanto as aves que podiam voar (Neognathae), quanto as aves ratitas, que não possuem a capacidade do voo (Paleognathae). No final desse período, ocorreu uma extinção em massa, que disseminou todos os dinossauros, pterossauros e pleiossauros, a teoria mais aceita, é a de que um cometa de aproximadamente 15 km de diâmetro se chocou à Terra, causando catástrofes (tsunamis, erupções, terremotos, maremotos, etc.) em todo o planeta. As aves sobreviveram à essa grande extinção, provavelmente devido à endotermia (capacidade do corpo regular a temperatura, sem precisar de fonte externa). Os mamíferos, que surgiram antes das aves, também possuem endotermia, enquanto os répteis são exotérmicos (necessitam de fonte externa, como o Sol, para se aquecerem, ou seja só conseguem se movimentar se antes tiverem se aquecido).
Com tantas catastrófes, provavelmente uma massa de poeira ficou no ar durante muito tempo (isso ocorre até quando um vulcão entra em erupção); essa massa de poeira bloqueou totalmente o Sol, prejudicando os répteis, e muitas plantas que não poderiam fazer fotossíntese, com isso as plantas gigantescas morreriam, e os dinossauros herbívoros morreriam também; em seguida viriam os carnívoros que não teriam do que se alimentar (já que os demais animais eram muito pequenos).
Após a era Mesozóica, iniciou-se a era Cenozóica (iniciou-se entre 64,4 e 65 milhões de anos e segue até os dias atuais). A primeira época do período foi marcada pela recuperação da Terra da catástrofe que extinguiu os dinossauros. Os pequenos mamíferos proliferaram e as aves assumiram o topo da cadeia alimentar. O clima ainda era bem quente, e o mundo, de uma forma geral, se assemelhava ao do final do Cretáceo. Ocorreu, durante parte desta era, as grandes glaciações, surgindo novas espécies de vida. A era Cenozoica se divide em Paleógeno, Neógeno e Quaternário. A fauna do paleogénico se caracteriza pelos mamíferos primitivos (com parentesco distante aos atuais) e pelas aves do terror. Elas foram as primeiras a ocupar o topo da cadeia alimentar após a extinção dos dinossauros.
Durante a era Cenozóica, muitas modificações aconteceram, como a união de alguns continentes até a formação atual, houve também o surgimento do ser humano e as diversas especializações das aves, formando diversos grupos que existem até hoje.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O transporte sanguíneo nos seres humanos.





Nem todos os seres vivos possuem sangue, a exemplo as plantas. Porém, todos animais possuem sistema circulatório, embora nem sempre seja sangue. Os vertebrados (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos) possuem sangue.

O seres humanos possuem sangue em seu corpo, e a circulação tem como função distribuir o sangue para todos os sistemas. O sistema circulatório humano, é constituído basicamente pelas veias, artérias e pelo coração. As veias possuem a função de transportar o sangue (tanto o venoso, quanto o arterial) de alguma parte do corpo para o coração. As artérias, têm a função de transportar o sangue (tanto o venoso, quanto o arterial) do coração para alguma parte do corpo. O coração humano [observar figura] é formado por quatro cavidades: dois átrios (um direito e um esquerdo), por onde o sangue (venoso ou arterial) entra, e por dois ventrículos (um direito e um esquerdo), por onde o sangue (venoso ou arterial) sai. O tamanho do coração varia, sendo aproximadamente do tamanho do punho fechado de cada pessoa.

O sangue vindo dos sistemas, vem carregado de CO2, sendo chamado de sangue venoso; então entra no coração através das Veias Cavas (superiores e inferiores). O local em que o sangue entra é o átrio direito. Do átrio direito, o sangue venoso segue para o ventrículo direito, isso ocorre porque há uma abertura que liga os ventrículos aos átrios. Do ventrículo, o sangue sai pelas duas Artérias Pulmonares, com destino aos pulmões. Ao passar pelos pulmões o CO2 é liberado e o O2 é capturado pelo sangue (nesse momento o sangue deixa de ser venoso e passa a ser arterial). Dos pulmões o sangue volta ao coração pelas quatro Veias Pulmonares. O sangue entra no átrio esquerdo, passa para o ventrículo direito e sai do coração através da Artéria Aorta. A Aorta se ramifica em artérias menores, que por sua vez se ramificam em arteríolas, distribuindo o sangue para todo o organismo.