terça-feira, 22 de maio de 2012

Onça: o maior felino das Américas



     As onças são felinos (animais da mesma família dos gatos domésticos, leões, tigres, jaguatiricas, pumas, leopardos). Esses animais podem medir até 2,6 metros de comprimento e pesar 115 quilos. São conhecidas popularmente como onças, onça verdadeira ou jaguar [FOTO 01]. Seu nome científico é: Panthera onca. Alguns indivíduos têm excesso de melanina no corpo, deixando-os, quase totalmente preto; sendo conhecidas como onças-pretas ou panteras [FOTO 02].
     Como já foi mencionado no título dessa postagem, as onças são os maiores felinos das Américas e os terceiros maiores felinos do mundo, perdendo em dimensões apenas para tigres e leões. Possuem garras e dentes poderosos. E, são os únicos felinos que conseguem perfurar cascos de tartarugas. As onças podem ser confundidas em aparência com os leopardos e guepardos, mas estes estão localizados na Ásia e África, enquanto as onças se distribuem pela América Central e do Sul. Geralmente, estes animais habitam florestas fechadas e são comumente encontrados em regiões relativamente próximas de rios, mas há onças em regiões abertas também. A associação deste animal aos rios é explicada por sua dieta, pois uma de suas presas são as capivaras.
     As onças são caçadores eficientes, mantendo-se escondida na mata, esperando o momento certo para atacar. Como todos felinos, ela tende a mirar no pescoço da vítima, para mata-la mais eficientemente. São animais solitários e territorialistas. Também precisam de um grande território para sua sobrevivência. Por esses fatores, esse animal está ameaçado de extinção, pois eles são constantemente mortos por caçadores e fazendeiros, que usam o argumento de que as onças são perigosas. Com a diminuição das matas, por queimadas e urbanização, as onças têm cada vez menos lugar para viver. Tudo isso acarreta em um contato maior entre esses animais e o ser humano. Pois, com baixa disponibilidade de presas, as onças saem das matas e vão às fazendas nas redondezas das florestas, para predar o gado.
     Por fim, é importante saber que o ser humano não faz parte da lista de presas de uma onça. De fato, são raros os registros de ataques nas Américas Central e do Sul; mas isso pode ocorrer se não houver alimento disponível, ou caso esse felino se sinta ameaçado pela presença humana. Além disso, é preciso que as poucas florestas que ainda existem, sejam conservadas, para que esses animais não percam seus hábitats, precisando entrar em contato com a humanidade para se alimentar.

sábado, 3 de setembro de 2011

03/09 Dia do Biólogo

O texto à seguir foi retirado do site da UFRPE: http://www.ufrpe.br/noticia_ver.php?idConteudo=9727

Eu o coloquei como uma homenagem à todos biólogos.

"Vida, o que é? Dizem que a existência de vida na terra começou depois de uma explosão e, com ela, surgiram os dinossauros e todas as espécies de vida que conhecemos. Conceitos e excessos de opiniões à parte, não conseguimos definir o que é a vida tamanho o significado dessa palavra na nossa vã filosofia. Todavia, para estudar a vida nas suas mais variadas formas foram criadas as Ciências Biológicas. A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) contribui com a sociedade nesse desafio que é estudar e desenvolver
meios adequados para conhecer e proteger a vida por meio de seu Curso de Ciências Biológicas em Bacharelado e Licenciatura. Portanto, neste Dia do Biólogo (03/09), a Universidade parabeniza todos os profissionais da área.

Segundo o Conselho Federal de Biologia (CFBio), a profissão de biólogo está regulamentada no Brasil por meio da Lei 6.684, de 3 de setembro de 1979, que foi alterada pela Lei nº 7.017, de 30 de agosto de 1982 e regulamentada pelo Decreto nº 88.438, de 28 de junho de 1983, no que se refere ao uso de suas atribuições legais e regimentais. O profissional em Biologia tem amplas possibilidades de atuação podendo ser professor, consultor, administrador de reservas e estações biológicas, curador de acervos biológicos, diretor de
museus, pesquisador nos diversos campos da ciência entre outras ações.

A finalidade do curso oferecido pela UFRPE é formar profissionais capazes de atuarem com responsabilidade social, ética profissional, competência técnica e científica. Para que seus trabalhos possam contribuir para redução ou solução de vários problemas relativos à exploração, produção, conservação, beneficiamento e comercialização de recursos naturais renováveis, além de contribuir para o bem-estar físico e desenvolvimentos educacionais, sociais, culturais e econômicos de toda população.

A bióloga Auristela Correia de Albuquerque, que é professora de Entomologia da UFRPE, afirma que biólogo é o profissional do presente e do futuro devido a sua grande responsabilidade em melhorar a qualidade de vida do planeta. “Tem um papel essencial na busca da mudança de hábitos da sociedade, que precisa viver de forma sustentável”, afirma.

Segundo o aluno 7º período de Biologia da UFRPE Felipe Cavalcante, o Departamento e o curso de Biologia da UFRPE se dedicam à união de seus alunos e professores desde a troca de informações a empréstimos de materiais para realização das pesquisas. “O curso e os professores são ótimos e a didática interdisciplinar torna nosso trabalho mais gratificante”, conta.

Para o biólogo em formação que deseja ser um diferencial nesta profissão que é muito plástica, pois as prioridades para os estudos variam de acordo com as escolhas de cada profissional, será necessário estudar incansavelmente. De acordo o professor Geraldo Jorge Barbosa de Moura, que é coordenador da Pós-Graduação de Biologia da UFRPE, o biólogo representa o único profissional habilitado a fazer inferências sobre a biodiversidade de forma integrada a outros fatores, o que destaca sua atuação como
fundamental para a sustentabilidade da humanidade de nosso planeta.

Já o estudante do 4º período de biologia da UFRPE Paulo Henrique Almeida Silva, afirma que escolheu a biologia por desejar aprender
com a natureza e através da pesquisa cuidar melhor da mesma. “Desejo criar métodos de conservação da fauna que é minha área de interesse na biologia”, enfatiza Paulo Henrique.

O biólogo tem sua formação fundamentada no conhecimento da diversidade dos seres vivos referente à sua organização, evolução e relações com o ambiente. O que faz o mesmo atuar em diversas áreas e subáreas de conhecimento entre elas estão as: Análises Clínicas, Botânica, Biologia Celular, Bioquímica, Ciências Morfológicas, Ecologia, Educação, Ciências Morfológicas, Ética, Farmacologia, Imunologia, Fisiologia, Genética, Informática, Limnologia, Parasitologia, Zoologia, Micologia, Microbiologia, Oceanografia, Paleontologia, Saúde Pública.

Para o zoólogo e professor da UFRPE Marco Aurélio Paes de Oliveira, o biólogo muda completamente em sua forma de pensar e agir quando se trata da sua participação na sociedade, pois a Biologia desperta nos interessados uma consciência social de se manter o equilíbrio no uso dos recursos naturais para que a preservação da terra seja responsabilidade de todos biólogos ou não. “Após sua formação, o biólogo vê o mundo de forma diferente, mudando seus atos desde os mínimos detalhes, pois a importância da valorização e preservação da fauna e flora fica mais evidente e, assim, vemos
que somos todos responsáveis", ressalta.

A UFRPE disponibiliza aos seus alunos de Ciências Biológicas um
conhecimento teórico e prático por meio de seus laboratórios de: Ambientes recifais, Anatomia vegetal, Aves, Computação, Ecofisiologia vegetal, Ecologia - o1 Ecologia - o2, Ficologia, Ficologia vegetal, Fitosociologia, Genoma, Genética com aulas práticas, Genética bioquímica, Herpetologia e Paleoherpetologia, Mamíferos, Microbiologia, Microscopia avançada, Microbiologia, Microscopia avançada, Parasitologia geral, Peixes, Taxidermia, Taxonomia vegetal, Taxonomia de algas, Vegetal de microbiologia.

A instituição também oferece aos estudantes e pesquisadores um Museu de Historia Natural e Herbário próprios.

Todos que fazem a UFRPE parabenizam os professores, alunos e técnicos que integram as Ciências Biológicas por suas contribuições que, garantem o desenvolvimento científico e socialmente equilibrado de nosso Estado, País e mundo."

Parabéns à todos biólogos e aos futuros biólogos também.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Insetos (estruturas e importâncias)





















Quando fala-se em insetos, muitas vezes vem na cabeça das pessoas, animais pequenos com muitas patas, antenas e que muitos tem medo ou nojo. Porém, os insetos não são sempre essas criaturas nojentas, e nem tudo que tem muitas patas é inseto. Geralmente, aranhas, escorpiões e carrapatos são confudidos como insetos, o mesmo acontece com os embuás e as centopéias. Mas, nenhum desses animais são insetos. Os três primeiros são da classe Arachnida. Os outros dois pertecem, respectivamente, às classes Diplopoda e Chilopoda. Mas afinal, então quem são os insetos?
Insetos são animais que possuem um par de antenas, três pares de patas, corpo segmentado em cabeça, tórax e abdome e presença ou ausência de asas. A classe Insecta, possui cerca de 29 ordens (CSIRO, 1991). Aqui serão citadas apenas algumas:

- Ordem Orthoptera (asa reta): são os gafanhotos, grilos e paquinhas. Esses animais possuem o terceiro par de patas destinadas ao salto (patas saltatórias). O primeiro par de asas é chamado de tégmina, que é mais escura e rígida que o segundo par de asas; este chamado de asa membranosa. O aparelho bucal deles é do tipo mastigador.
- Ordem Hemiptera (meia asa): cigarrinhas, cigarras, etc. Possuem asas ou não. O primeiro par de asas é geralmente mais rígido que o segundo, porém ambas asas são do tipo membranoso. Todas seis patas são ambulatoriais. O aparelho bucal é do tipo sugador-labial.
- Ordem Lepdoptera (asa com escamas): borboletas e mariposas. Como característica principal, a presença de escamas nas asas. O aparelho bucal é do tipo sugador na fase adulta. Quando jovem, antes de realizar metamorfose, as lagartas possuem aparelho bucal do tipo mastigador, e não possuem asas.
- Ordem Coleoptera (asa-estojo): besouros. Esses animais possuem dois pares de asas, onde o segundo par é membranoso, e o primeiro par é do tipo élitro, que serve para abrigar o segundo par. O aparelho bucal é do tipo matigador.
- Ordem Diptera (duas asas): moscas e mosquitos. O aparelho bucal é do tipo picador-sugador. Possuem dois pares de asas, porém apenas o primeiro par é funcional. O segundo par, atrofiado, é chamado de balancim.
- Ordem Blattodea (corpo achatado): baratas. Possuem dois pares de asas, onde o primeiro é do tipo tégmina (igual ao dos gafanhotos), e o segundo é mebranoso. São insetos fototrópicos negativos, tendo aversão à luminosidade.
- Ordem Isoptera (asa igual): cupins. Ambos pares de asas desses instetos possuem mesmo tamanho. são considerados insetos sociais, pois formam sociedades, com divisões de tarefas.
- Ordem Hymenoptera (asa com membrana): formigas, abelhas e vespas. É a ordem mais evoluída entre todos insetos. O corpo é bem segmentado. A grande maioria forma sociedade, salvo algumas vespas, que vivem em pares ou solitárias. As abelhas possuem o terceiro par de patas modificado para coletar o néctar das flores (pata coletora). Ambos pares de asas sempre são membranosas (tanto nas abelhas, quanto nas vespas e até nas formigas que chegam a desenvolve-las).

Os insetos são de suma importância para o planeta. Porém, em alguns casos, essas importâncias podem ter efeito negativo (principalmente para os seres humanos). Por exemplo, muitos insetos são pragas de plantações, causando grande prejuízo econômico às colheitas; é o caso dos gafanhotos das lagartas e de alguns tipos de formigas. Outros insetos podem ser vetores de doenças, como por exemplo, o moquito do gênero Culex, que é vetor do vírus da dengue. Há também o Triatoma infestans, conhecido como barbeiro, que transmite a doença de Chagas. A mosca Tsé-tsé (Glossina palpalis), transmite a doença do sono. Há ainda as pragas urbanas, como é o caso das baratas e moscas comuns, que estão em contato com o lixo e podem transmitir micróbios.

Porém, os insetos também podem trazer benefícios. As abelhas, borboletas e alguns tipos de besouros, são importantíssimos para a polinização das flores, permitindo assim, a reprodução das plantas, e a manutenção da vida na Terra. Muitas larvas de insetos também podem ser utilizados como iscas para pescaria, por exmeplo. As larvas dos insetos podem também, ser importantes nas investigações criminais, pois certos tipos de larvas preferem o estágio inicial de decomposição do cadáver, enquanto outras só consomem o cadáver no estágio final; assim, dependendo do tipo de larva, pode-se descobrir, por exemplo à quanto tempo a pessoa morreu. Outros insetos podem servir de alimentos, inclusive para os humanos, como as formigas tanajuras, e os gafanhotos. As vespas são úteis no controle de pragas, pois elas são predadoras de formigas e lagartas; nesse caso, alguns agricultores já utilizam, de modo estratégico, vespas, evitando o uso de agrotóxicos, que poderiam danificar a própria plantação.

Essas são algumas importâncias dos insetos. A classe possue o maior número de espécies entre todos os animais viventes. Eles também possuem a maior quantidade de indivíduos no planeta, e são encontrados em praticamente todo o globo terrestre, exceto nos pólos.