sexta-feira, 1 de abril de 2011

Um pouco de Ecologia.



















Antes de falar um pouco sobre ecologia, é preciso entender alguns termos: Indivíduo: é um ser de uma determinada espécie (01 tubarão-martelo, por exemplo); Espécie: é o conjunto (dois ou mais) de indivíduos altamente semelhantes, e que possam se cruzar na natureza e gerar descendentes férteis (ex.: 02 ou mais tubarões martelos); População: é um grupo de indivíduos da mesma espécie, que habitam um local previamente determinado (ex.: nas praias no litoral brasileiro, a população de tubarão martelo chega a ter X indivíduos); Comunidade: conjunto de mais de uma espécie diferente, sofrendo interferência direta ou não, umas das outras (ex.: tubarões martelos e tubarões brancos, ou tubarões brancos e polvos); Ecossistema: é o conjunto de tudo, ou seja, o conjunto de comunidades e fatores abióticos (luz, água, temperatura, vento, etc.); Biosfera: é o conjunto de todos os ecossistemas da Terra, relacionado com os conceitos de litosfera, hidrosfera e atmosfera. Incluem-se na biosfera todos os organismos vivos que vivem no planeta.

A Ecologia (do grego: "oikos", significa casa; e "logos", estudo) é a ciência que estuda os ecossistemas, ou seja é o estudo da interações entre os seres vivos e o meio, ou entre os próprios seres, que determinam a sua distribuição e abundância. O alemão Ernst Haeckel, em 1869, usou pela primeira vez este termo para designar o estudo das relações entre os seres vivos e o ambiente em que vivem. A Ecologia pode ser dividida em Autoecologia (quando estudamos apenas uma espécie, isolando todo o resto) e Sinecologia (quando estudamos uma espécie e sua interação com outras espécies e com o meio em que vive).

A base de um ecossistema são os produtores que são os organismos capazes de fazer fotossíntese ou quimiossíntese. Eles podem produzir e acumular energia através de processos bioquímicos utilizando como matéria prima a água, gás carbônico e luz; exemplo: plantas. Os consumidores primários são aqueles que consomem os produtores; são as espécies herbívoras, como os bois, veados, cavalos, zebras, etc. Os consumidores secundários são os animais que se alimentam dos animais herbívoros; exemplos: serpentes, que devoram roedores, pinguins que devoram krills, etc. Os consumidores terciários são os grandes predadores, aqueles que capturam grandes presas e são vistos no topo da cadeia alimentar: leões, tubarões, orcas, entre outros.

A ecologia também estuda as relações entre os seres vivos. As principais relações são: competição, reprodução, predação, comensalismo, mutualismo e parasitismo. A competição ocorre quando mais de uma espécie disputa um determinado recurso: duas espécies de macacos se alimentam de um tipo de fruta, logo, haverá uma competição por esse alimento (nem sempre a competição vai gerar um conflito ou uma batalha). A reprodução é a relação entre indivíduos da mesma espécie, visando a multiplicação da espécie. Cada grupo animal pode possuir táticas diferentes de reprodução (como reprodução assexuada, ou sexuada; alguns usam de danças de acasalamento [IMAGEM 01] e muitos formam casais, não trocando seus parceiros). A predação está relacionada à alimentação, e ocorre quando um animal carnívoro utilizando qualquer tipo de tática, captura sua presa, um outro animal [IMAGEM 02]. Os predadores podem ser MONÓFAGOS(que se alimentam de uma única presa), OLIGÓFAGOS (que se alimentam de algumas presas) e POLIGÓFAGOS (que se alimentam de diversas presas).

O comensalismo é um tipo de relação ecológica entre duas espécies que vivem juntas, onde uma espécie comensal se beneficia dos restos alimentares da outra espécie, sem no entanto, prejudicar este seu anfitrião. Um exemplo é a relação da rêmora com o tubarão [IMAGEM 03], onde ela fica próxima ou até presa no tubarão (sem incomodá-lo) se aproveitando do resto da alimentação. O mutualismo é parecida com o comensalismo, porém a principal diferença, é que ambas espécies sairão beneficiadas. O paguro e a anêmona-do-mar, por exemplo, onde o paguro colocará a anêmona em sua concha lhe oferecendo proteção, enquanto a anêmona ganha transporte,lhe permitindo colonizar outras regiões [IMAGEM 04]. No mutualismo ambas espécies podem viver perfeitamente bem se não se juntarem. O parasitismo ocorre quando há organismos que vivem em associação com outros, aos quais retiram os meios para a sua sobrevivência, normalmente prejudicando o organismo hospedeiro. Em diversos casos, o parasita não sobreviveria fora do seu hospedeiro, e o hospedeiro pode adquirir doenças se afetado pelo parasita. Quando o parasita atua fora do corpo, é chamado de ECTOPARASITA (carrapatos, piolhos, etc.), e quando o parasita se instala dentro do corpo do hospedeiro, é chamado de ENDOPARASITA (lombrigas, tênias, vírus, etc).

A Ecologia pode ser dividida em diversas áreas, como: Biologia da Conservação, Ecologia da Restauração, Ecologia Numérica, Ecologia Quantitativa, Ecologia Teórica, Macroecologia, Ecofisiologia, Agroecologia, Ecologia da Paisagem. Ainda pode-se dividir a Ecologia em Ecologia Vegetal e Animal e ainda em Ecologia Terrestre e Aquática. Com isso, essa é uma das áreas que mais se desenvolve na atualidade, sempre buscando soluções que possam ajudar o planeta, preservar as espécies e ainda valorizar o desenvolvimento humano.

Um comentário:

  1. Luan,vc está cada vez melhor, muito bem explicado o seu blog,continue estudando e nos informando sobre o mundo da Biologia.


    Graça

    ResponderExcluir